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sexta-feira, 15 de março de 2013

Timor... novamente Timor!



As férias em meu país foram necessárias por questões diversas relativas aos meus sentimentos e às minhas escolhas de vida. Rever família e amigos recarregou minhas baterias emocionais, me fazendo sentir-me mais família e mais amigos de todos e principalmente percebendo que, após quase um ano longe do cotidiano de todos eles, a vida de cada um transcorreu como tinha que ser, assim como a minha também, o que reforça a ideia de que não somos tão indispensáveis assim como nosso sentimento egoísta e orgulhoso nos faz crer. Isso é muito bom!
Igualmente, o fato de a distância não ter enfraquecido nem apagado os laços que nos unem é importante para perceber que amor e carinho são sentimentos sublimes e a nossa capacidade de amar transcende questões geográficas e os sentidos físicos humanos. Continuamos amando, independente de estarmos perto ou não. Podendo, inclusive, potencializar esse amor, ou transformá-lo em outras variações de amor, muitas que eu ainda estou em fase de descoberta.
Uma vez que é muito mais fácil decidir o que não queremos para nossas vidas, fica a eterna reflexão sobre o que nós queremos... e voltei do Brasil sem definições quanto à profissão, aos futuros empreendimentos e à organização de vida. O sistema me convoca aos hábitos de antes, com volume de trabalho enlouquecedor e ritmos de vida duvidosos, quase insanos. Também, pelo conforto e pela compensação que isso promove, me incita a estar perto daqueles que colorem minha vida de forma significante.
Entretanto, perceber que há outros possíveis sistemas que me proporcionam outras escolhas e caminhos é desafiador e intrigante. O diferente fascina e assusta com a mesma potencialidade! Mas que bom que tenho escolhas e transformar isso em um problema é, no mínimo, vexatório!
Sendo assim, resolvi seguir meu instinto taurino, sensível ao que me faz sentir-me útil e bem, lutador por causas que acredito e, acima de tudo, buscando aprender muito... sempre... e tanto!
Timor, mais uma vez, me chamou e eu vim! Porque acredito profundamente nas consequências positivas das transformações profissionais e pessoais que estou passando aqui... Porque não me sinto tendo finalizado um trabalho iniciado ano passado e, portanto, com aquela sensação de que há algo ainda a ser feito... Porque o que vivi por aqui ano passado mexeu com meus dogmas, convicções e raízes, fazendo-me perceber que minha vida é muito mais do que era... Porque a bolha do comodismo em que todos nós vivemos foi furada e o ar que respiro agora é outro... Porque preciso disto tudo para sentir-me vivo e fazer a vida valer muito a pena...
Pelo professor que escolhi ser... pelo homem que decidi construir em mim... pelo ser humano que me esforço em me constituir... Timor-Leste novamente é a escolha deste ano... e que seja um ano intenso, como está aparentando... mas que eu o finalize com mais alegria do que a que sinto em iniciá-lo.
Kolega sira hau hadomi  imi hotu!
Aifunan barak!

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