“Professor, eu não concordo com religiões que gastam milhões
na construção de seus templos, enquanto muitos de seus fiéis passam grandes
necessidades. Uma das coisas que devemos aprender é a simplicidade, pois não há
quem seja mais que ninguém, professor. Eu até quis seguir a vida religiosa, mas
não posso me comprometer com algo que não concordo. Por isso sigo a minha
crença, a minha fé e pratico aquilo que aprendi nas filosofias. Tento ajudar os
pobres e necessitados, ensinando-os a plantar, a conviver, a valorizar sua
terra e sua gente e a viver em irmandade, compartilhando o que têm e praticando
a alegria. Aqui em Timor-Leste muito se lutou pela Independência... muitos
morreram por uma ideologia de vida e agora o que vejo é políticos querendo
prender novamente o seu povo em um sistema que não é justo para todos. Nossa
liberdade é abraçarmos nossa terra e nossa gente. É cuidarmos de nossos
doentes, de nossas crianças, de nossos homens e mulheres. Darmos à terra aquilo
que quisermos dela e vivermos em alegria com aquilo que temos. Somos todos
irmãos e precisamos mostrar essa nossa força, que é maior que qualquer
dinheiro. Isso que faz uma nação!”
(Trecho de uma aula de vida, que veio do fundo das emoções
de uma lutadora pela paz.)
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