Total de visualizações de página

sábado, 29 de setembro de 2012

Relatos Timorenses V


“Eu só pude ir para os estudos depois de 2002, quando chegou a Independência. Então, àquela altura, fiz meus estudos secundários e estudei minha Licenciatura no Liceu de Díli. Trabalho na escola primária e secundária ensinando os direitos humanos, a língua tétum e a moral e a cidadania. E hoje, professor, depois de tanto sacrifício, consegui ser um professor da Universidade! É com muita alegria que consegui chegar nessa posição importante. Ainda não tive condições para fazer o curso de Mestrado, mas vou fazer um dia. É uma vontade minha, como um sonho, poder estudar mais para ajudar os jovens de Timor-Leste. Mas, professor, ainda não sei usar o computador. Será que o senhor poderia me ensinar? Eu posso ir à sua casa, aos sábados, e o senhor me dá umas aulas para eu poder progredir usando o computador. Pode, professor?”

(Assim comecei a dar aulas de “informática” a um professor timorense nas tardes de sábado. Na primeira aula, ele trouxe-me um presente: um “tais”, que é um tecido típico cheio de histórias e encantos. Desde o pedido, passando pelo presente ganho, até a escrita desse relato, tenho os olhos rasos d´água. A simplicidade da vida diante da mediocridade humana tem me trazido grandes lições. Gratidão sempre!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário