“... nós não queremos a ONU em nosso país porque na verdade
eles nada fazem ou podem fazer por nós. No momento da Independência havia uma
necessidade internacional para a ONU estar aqui. Quando mais sofríamos, tendo
muitos timorenses morrido, o que tivemos foi o seguinte: Portugal nos abandonou
para tratar de seus problemas pátrios, a Indonésia nos invadiu de forma
dramática com armas compradas dos Estados Unidos... a Austrália não achava
interessante um país com ideias socialistas, ninguém nos quis defender, nem o
Brasil. A ONU existiu para melhorar a consciência mundial e porque Timor-Leste
tem petróleo e outras riquezas.
Hoje não precisamos mais da ONU. Ela não resolve nada aqui
em nosso país. Precisamos de cooperação tecnológica e de muito respeito das nações
para conseguirmos crescer da nossa forma. Com os nossos interesses e a nossa
cultura. Não precisamos de nações nos explorando mais. Nossa riqueza maior é o
nosso povo e para eles é Timor-Leste. Eu seria muito infeliz, professor, se
visse meu país nas mãos de outra nação novamente.”
(Assim se manifestou o senhor que cuida do jardim da
Faculdade onde trabalho, em bom português e alto grau de emoção)
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