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domingo, 23 de setembro de 2012

Relatos timorenses III


“... nós não queremos a ONU em nosso país porque na verdade eles nada fazem ou podem fazer por nós. No momento da Independência havia uma necessidade internacional para a ONU estar aqui. Quando mais sofríamos, tendo muitos timorenses morrido, o que tivemos foi o seguinte: Portugal nos abandonou para tratar de seus problemas pátrios, a Indonésia nos invadiu de forma dramática com armas compradas dos Estados Unidos... a Austrália não achava interessante um país com ideias socialistas, ninguém nos quis defender, nem o Brasil. A ONU existiu para melhorar a consciência mundial e porque Timor-Leste tem petróleo e outras riquezas.
Hoje não precisamos mais da ONU. Ela não resolve nada aqui em nosso país. Precisamos de cooperação tecnológica e de muito respeito das nações para conseguirmos crescer da nossa forma. Com os nossos interesses e a nossa cultura. Não precisamos de nações nos explorando mais. Nossa riqueza maior é o nosso povo e para eles é Timor-Leste. Eu seria muito infeliz, professor, se visse meu país nas mãos de outra nação novamente.”

(Assim se manifestou o senhor que cuida do jardim da Faculdade onde trabalho, em bom português e alto grau de emoção)

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